terça-feira, 30 de setembro de 2008

Curso Básico de Negociação e Fechamento de Vendas para Corretor

Data: 21 a 23 de Outubro de 2008

Investimento: R$ 110,00 

Investimento para Associado: R$ 90,00

Total de Vagas: 30

Carga Horária: 9 Horas / Aula

Instrutor(a):

José Carlos Dias Pereira – Corretor de Imóveis (Creci9951); Gerente de Marketing da “Rio Doce Imóveis” (PJ3336); Perito em Avaliação Imobiliária pela Universidade Corporativa do Sindimóveis/RS; Consultor de marketing nas áreas de atendimento e vendas; formado em Marketing de Varejo pela Fatec – Faculdade de Tecnologia do Comércio e Mestrando em Administração pela Fundação Pedro Leopoldo - FPL.

Tipo: Curso / Treinamento

Horário do Treinamento: 19 às 22 hs

OBJETIVO: Apresentar o funcionamento do ciclo de venda de imóveis, discorrendo sobre as melhores práticas de mercado, e demonstrando a importância de uma constante evolução dos profissionais que queiram se continuar/destacar-se no setor.

PÚBLICO ALVO: Corretores imobiliários e profissionais diretamente envolvidos no processo de vendas de imóveis.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

  • Pré-Venda;
  • Abordagem do pretendente a compra de imóvel;
  • Qualificação do pretendente;
  • Demonstração de imóveis;
  • Negociação;
  • Fechamento da venda;
  • Pós-venda.

Fundo de administração de imóveis no Brasil

ING Real State abre escritório no Brasil

O ING Real State, um dos maiores fundos de administração de imóveis do mundo, abriu uma representação em São Paulo, informou a companhia nesta segunfa-feira.

"Temos analisado o mercado brasileiro por um tempo e acreditamos que o momento é adequado para criarmos nossa presença", disse Florêncio Beccar, diretor do escritório.

Em comunicado, o ING Real State, unidade do grupo holandês de serviços financeiros ING, informou que quer atingir a classe média e a melhora da infra-estrutura.

A empresa informou que o Brasil, com sua população jovem e grandes cidades, oferece oportunidades para investidores do setor imobiliário.

O ING Real State tem mais de 100 bilhões de euros (146,3 bilhões de dólares) em ativos imobiliários e empréstimos sob administração ou em desenvolvimento.


Fonte: Reuters
29/09/2008

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Curso de Técnicas de Captação de Imóveis

Curso de Técnicas de Captação para Iniciantes
Data: 23 a 25 de Setembro de 2008
Investimento: R$ 110,00 Investimento para Associado: R$ 90,00
Total de Vagas: 30Carga Horária: 9 Horas / Aula

Instrutor(a): José Carlos Dias Pereira – Corretor de Imóveis (Creci9951);
Gerente de Marketing da “Rio Doce Imóveis” (PJ3336);
Perito em Avaliação Imobiliária pela Universidade Corporativa do Sindimóveis/RS;
Consultor de marketing nas áreas de atendimento e vendas;
Graduado em Marketing de Varejo pela Fatec – Faculdade de Tecnologia do Comércio e Mestrando em Administração pela Fundação Pedro Leopoldo - FPL.

Tipo: Curso / TreinamentoHorário do Treinamento: 19 às 22 hs

OBJETIVO: Fazer com que os participantes tenham uma introdução ao mercado imobiliário; e aprendam todos os passos básicos para saírem à rua e captarem corretamente qualquer imóvel para venda ou aluguel. NOTA IMPORTANTE: A atividade de captador é privativa do corretor de imóvel devidamente credenciado junto ao CRECI. Este treinamento NÃO CREDENCIA o participante legalmente para tal, mas fornece o conhecimento prático para o exercício da captação. O credenciamento legal exige que o interessado faça ainda o curso de TTI e cumpra as demais exigências do CRECI.

PÚBLICO ALVO: Pessoas que desejam ingressar no mercado imobiliário como captador de imóveis para venda e aluguel, funcionários novatos de imobiliárias, corretores trainee e demais interessados.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Introdução ao mercado imobiliário;
Captação para venda;
Captação para aluguel;
Marketing pessoal do captador;
Marketing da empresa;
Planejamento da captação;
Modelos de impressos e documentos que o captador precisa conhecer.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Franquia imobiliária quer investir R$ 20 milhões no Brasil

A Century 21, franquia imobiliária de origem americana, pretende investir uma quantia estimada em quase R$ 20 milhões, em cinco anos, na unidade brasileira. O anúncio foi feito pelo presidente do conselho diretor, Tony Martinez.

Segundo o executivo, a previsão foi feita com base no número de agências franqueadas que a empresa espera ter até o fim do período de 60 meses. “Calculamos o valor como um investimento mínimo. Esperamos que esta quantia seja ainda mais elevada no fim do prazo”, revela.

A empresa está animado com o potencial do mercado. Em meados de agosto, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou os resultados da pesquisa sobre o desempenho do setor de franchising no segundo trimestre de 2008 e uma projeção para o início deste semestre. De acordo com as projeções, existe uma expectativa de crescimento médio de 6,14% na expansão de redes no Brasil. Dados como este posicionam o Brasil entre os países mais promissores para o desenvolvimento de franchisings.

A Century 21 informa que é a maior franquia imobiliária do mundo. Atualmente, conta com mais de 8.800 imobiliárias franqueadas, presentes em mais de 60 países. São todas jurídica e financeiramente independentes. Todas as franquias estão interconectadas, multiplicando sua carteira de produtos, permitindo parcerias em comissões e aumentando as oportunidades de vendas.

Com mais de 145.000 corretores associados, o sistema facilita a aquisição, venda e aluguel de imóveis comerciais e residenciais em qualquer ponto do globo. Site: www.c21brasil.com.br .

Fonte: Infomoney 09.09.08

Operação Gafisa-Tenda define estilo da consolidação no setor; qual a próxima?

SÃO PAULO - A manobra da Gafisa (GFSA3) na Tenda (TEND3), através da FIT Residencial, braço da incorporadora voltado à baixa renda, embrião da Nova Tenda, agitou o setor imobiliário ao apagar as dúvidas em torno do movimento de consolidação do setor. À maneira clássica: grupos maiores engolindo empresas menores com dificuldades.

Tanto pela semelhança com a aquisição da Agra (AGIN3) pela Cyrela (CYRE3) quanto pela situação corrente de empresas de incorporação e construção imobiliária, ameaçadas por problemas de caixa diante de um mercado de capitais mais restrito, a operação simboliza uma tendência que deve encontrar novos endereços até o final do ano.

Ingadados pela InfoMoney, analistas disseram acreditar em aceleração do processo de consolidação, através de novas transações parecidas com a que originou a Nova Tenda até o final do ano. A atual diferença de preço das ações sugere oportunidades. Das 24 empresas listadas do setor, nove já perderam mais da metade do seu valor em 2008.

"[A operação entre Gafisa e Tenda] leva a crer que outros controladores em situação difícil do ponto de vista de capitalização, de liquidez e avaliação de ações, provavelmente passariam a olhar com outros olhos a possibilidade de venderem suas empresas", opina Rafael Pinho, da BullTick Capital Markets.

Alvos
A aposta de redução no número de construtoras na Bovespa leva em conta a polarização existente. "Existem muitas empresas e algumas delas estão bastante capitalizadas, enquanto outras estão menos e com maior dificuldade para entregar os resultados", avalia Rodrigo Bicalho, sócio do escritório Bicalho e Mollica Advogados.

Os especialistas já especulam as próximas cartadas. Entre os eventuais alvos, foram citadas CR2 (CRDE3), Even (EVEN3), EzTec (EZTC3), Inpar (INPR3) e Trisul (TRIS3). "A maior dificuldade de crédito agrava a dificuldade das empresas. E, em situação mais critica, a melhor saída acaba sendo ser incorporado por uma outra maior", interpreta Bicalho.

Antes mesmo da incorporação, levantamento da equipe do Santander já apontava que a Tenda havia queimado boa parcela de seus recursos disponíveis no segundo trimestre. O oposto da Gafisa, que pertence ao grupo dos consolidadores e pode protagonizar uma outra operação, segundo analistas.

Consolidadores
Na ponta compradora, no entanto, quem rouba a cena é Cyrela e PDG (PDGR3). "A PDG é uma das mais capitalizadas do setor. Tem uma cabeça muito financeira, dado o management egresso do Banco Pactual", lembra Rafael Pinho. De fato, a empresa está estudando possíveis alvos de aquisição, apurou a InfoMoney.

A incorporadora tem hoje um perfil de baixa renda, bem diversificado geograficamente, e carrega uma exposição abrangente de alta renda no Rio de Janeiro. Uma operação de média e alta renda em outros lugares do Brasil seria potencialmente positivo à companhia.

"Para a Cyrela, que já é uma empresa mais completa, faria sentido uma outra de baixa renda. Ela já tem uma fatia neste mercado, mas tem uma vontade de expandir mais no segmento. Enfim, vai de caso a caso", segundo avaliação de Luiz Liuzzi, analista GAS Investimentos.

Barreiras
Se o produto e os mercados de atuação das empresas podem ser determinantes em novos casos - o que deixa as voltadas ao público da baixa renda como candidatas mais prováveis do assédio das grandes -, é importante destacar que a crença em uma rodada mais intensa de consolidação considera uma situação crítica das companhias.

Apenas o extremo poderia seduzir os donos das companhias, no caso das novatas, grupos familiares, a abrirem mão do seu negócio. "Os controladores da Tenda se viram forçados a acelerar um processo que já vinha sendo estudado. Mas não tenho dúvida que o movimento recente das ações em bolsa incentivou", afirma Luiz Liuzzi.

Por outro lado, se o problema dela for mais a médio prazo, há chance das empresas aguardarem um pouco mais, para tomar uma decisão. Na semana passada, ao mesmo tempo em que noticiou a conclusão do programa de recompra de ações anunciado em abril, a EzTec informou que seu conselho aprovou novo programa.

Por: Conrado Mazzoni Cruz
09/09/08 - 20h14
InfoMoney

No rastro do boom imobiliário

Até agosto, número de corretores de imóveis em Minas saltou 21,4%, em relação a 2007. Muitos deixaram a profissão de origem para entrar nesse mercado, agora aberto também às mulheres


A profissão de corretor de imóveis, que já foi vista como um bico ou alternativa para quem estava desempregado, ganhou força com o boom do mercado imobiliário. Graduados de diversos cursos deixaram a profissão e passaram a investir na venda de imóveis. De janeiro a agosto, Minas Gerais recebeu 827 profissionais no ramo, aumento de 21,43% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com 2006, a alta é de 175,66%, segundo levantamento do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG).
O estado tem hoje quase 10 mil corretores de imóveis. Para se tornar corretor, é preciso ter o nível médio completo e fazer o curso de técnico em transações imobiliárias (TTI) ou o superior em gestão de negócios imobiliários. Atualmente, nos quadros das imobiliárias, é possível encontrar profissionais de áreas diversas: advogados, veterinários, engenheiros, arquitetos, fisioterapeutas e administradores de empresas. A maior parte é de trabalhadores autônomos, e o rendimento médio mensal fica entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. “Mas o valor varia muito, dependendo do preço do imóvel. Em uma única venda, o ganho pode ser superior a R$ 10 mil”, afirma Paulo Tavares, presidente em exercício do Creci-MG.


Jackson Romanelli/EM/D.A Press


Enfrentei preconceito na época. Os clientes chegavam e perguntavam sobre o corretor. Aí eu falava se servia a corretora
Vilma Roseira, corretora de imóveis

A profissão, que era predominantemente masculina, começa a atrair o público feminino. Em 1996, as mulheres representavam 8,3% do total de profissionais do estado. Hoje, somam 20,24%. Em algumas imobiliárias, elas são preferidas na hora da contratação. “Sempre opto por mulheres, com idade acima de 40 anos e certa independência financeira. Quando elas não são pressionadas a vender, os negócios fluem melhor”, afirma Luiz Antônio Rodrigues, diretor da Lar Imóveis. Quando a imobiliária foi aberta, há 28 anos, o quadro de profissionais era só de homens. “Há 10 anos comecei a inserir as mulheres no mercado e deu certo”, diz Rodrigues.

A comissão do corretor de imóveis gira em torno de 6% do valor de venda do bem e de 10% do preço de aluguel. “Estamos entregando cerca de 200 carteiras profissionais a cada dois meses. O mercado nunca esteve tão aquecido”, afirma Tavares. Mas, segundo ele, o perfil do profissional mudou. “O mercado não comporta mais o famoso mostrador de imóveis. É preciso ter conhecimento técnico de registro, escritura e impedimentos jurídicos. Além disso, é importante saber ouvir e traçar o perfil do cliente. As mulheres estão ganhando espaço na profissão por serem ricas em detalhes”, diz.

Vilma Roseira é corretora de imóveis há 20 anos. Quando começou na profissão, lembra, a maioria dos colegas era homem. “Enfrentei preconceito na época. Os clientes chegavam e perguntavam sobre o corretor. Aí eu falava se servia a corretora. A predominância ainda é de homem, mas o público feminino vem crescendo na profissão”, diz. Em sua experiência profissional, Vilma observou que a própria decisão de compra de imóveis costuma ser da mulher. “Ela decide em 90% dos casos. Até o homem solteiro costuma trazer a mãe, a namorada ou a irmã para opinar na hora de fechar. A mulher é mais detalhista e observa tudo, desde o apartamento até a segurança da redondeza”, afirma Vilma.
Geórgea Choucair - Jornal O Estado de Minas 09/09/2008 

domingo, 7 de setembro de 2008

Bancos privados apresentam suas estratégias para mercado imobiliário

Bradesco, HSBC, Itaú e Santander/Real confirmaram presença, securitização de Recebíveis Imobiliários e Seguros para Financiamentos Imobiliários também será tema do evento, participantes terão acesso às novidades de produtos e serviços do setor na Expo Construção Minas 2008.

"Estratégias dos Bancos Privados para atuação no Setor da Construção". O tema será discutido no fórum do dia 17 de setembro, das 15 às 19 horas, no estande do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG), dentro da Expo Construção Minas 2008, que acontecerá no Expominas, à avenida Amazonas, 6.030, Gameleira, em Belo Horizonte.

O evento, que tem confirmadas as presenças do Bradesco, HSBC, Itaú e Santander/Real objetiva apresentar ao público – construtoras e fornecedores da construção civil – o posicionamento dos bancos em relação à viabilização dos negócios do setor, além de suas linhas de financiamentos disponíveis para os empresários, e não para o comprador de imóvel.

O fórum, que integra as programações técnicas do Minascon 2008, será realizado pelo Sistema FIEMG, através da Câmara da Indústria da Construção, em parceria com o CREA-MG e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG). Este ano, o Minascon tem como tema "Desenvolvimento e Sustentabilidade".

Securitização e Seguros - Também na programação do fórum, às 16h30, acontecerá a palestra "Securitização de Recebíveis Imobiliários e Seguros para Financiamentos Imobiliários", a ser proferida por Rossana Costa, do Núcleo de Seguros CBIC e Rodrigo Estrada e Vicente Nogueira, da Habitasec Securitizadora de Créditos Imobiliários.

As inscrições, com vagas limitadas a 80 participantes, já estão abertas e podem ser feitas na Fagga Eventos, pelo telefone (31) 3223-4500, com Carolina Mansur.

Expo Construção Minas 2008 – Os participantes do fórum terão a oportunidade de visitar a "Expo Construção Minas 2008 – 1ª Feira de Tecnologia, Máquinas e Equipamentos da Indústria da Construção de Minas Gerais", que acontecerá no período de 16 a 20 de setembro, no Expominas.

A feira, que será realizada simultaneamente ao Minascon, reunirá grandes empresas fornecedoras do setor, que apresentarão suas novidades, promovendo o acesso dos profissionais da área às mais recentes tecnologias, equipamentos, máquinas, produtos e serviços.

A Expo Construção Minas 2008 e o Minascon 2008 serão realizados pelo Sistema FIEMG, através da Câmara da Indústria da Construção, e promovidos pela Fagga Eventos, com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG) e patrocínio do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia no Estado de Minas Gerais (CREA-MG), Holcim Brasil, Gasmig, Governo de Minas, Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal.

Portal Fator Brasil

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Condição para compra de imóvel usado é ampliada

A escassez de imóveis novos no mercado levou à ampliação do limite da faixa de renda familiar para a compra de unidades usadas com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que passou de R$ 3,9 mil para R$ 4,9 mil. A informação, divulgada pelo Ministério das Cidades, foi bem recebida por representantes do mercado imobiliário e do setor da construção civil em Minas Gerais, sobretudo os corretores de imóveis. Segundo dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), 95% das moradias negociadas no Estado são usadas e ganharão mais velocidade nas vendas com as alterações.

Para o presidente do Creci, Paulo Tavares, além de gerar maior velocidade nas vendas, a ampliação do limite de renda não deve inflacionar o mercado, que estaria bem alicerçado, e será responsável por reflexos positivos em toda a cadeia da construção civil, inclusive nas vendas de residências novas.

"Mesmo que inicialmente beneficie a procura por unidades usadas, a medida governamental certamente influenciará a compra dos imóveis novos, uma vez que será mais fácil comercializar a habitação antiga ou incluí-la no negócio da moradia nova", avaliou Tavares. De acordo com ele, qualquer tipo de ferramenta que dê mais facilidades ao comprador é bem-vinda e movimenta o setor.

Segundo o gerente Regional de Negócios da Caixa Econômica Federal (CEF) em Minas Gerais, Marivaldo Araújo Ribeiro, o mercado não estaria produzindo na velocidade da demanda, por isso a medida do governo.

"O problema na alteração da regulamentação para alguns representantes do setor é que FGTS é um fundo dos trabalhadores, sendo que a idéia de usá-lo para a compra de habitações usadas que não produziram empregos no cenário atual gera polêmica", afirmou.

Déficit habitacional no país é de 8 mi de unidades
Déficit - Na opinião de Ribeiro, os negócios com unidades usadas só influenciam na movimentação financeira e não ajudam a solucionar o problema do déficit habitacional, mas também não deixam de movimentar o mercado. No país, a falta de moradias chega a cerca de 8 milhões de unidades, das quais aproximadamente 700 mil no Estado.

Além disso, com a ampliação da capacidade de compra de usados, haveria uma tendência de valorização das unidades contempladas, podendo inflacionar o mercado, de acordo com Ribeiro.

No entando, conforme o gerente Regional da Caixa no Estado, assim como o FGTS beneficia hoje a compra de moradias usadas, também apóia há mais tempo a produção de novas habitações. No ano passado o governo ampliou o limite de utilização de recursos do fundo, também para R$ 4,9 mil, para financiamentos de unidades novas.

A alteração na regulamentação vale para outras instituições financeiras que trabalham com crédito habitacional com recursos do FGTS, como o Banco do Brasil, Itaú e o Real, que deve iniciar as operações até o final do mês.

De acordo com a consultora da Câmara Brasileira da Indústria da Construção no Conselho Curador do FGTS, Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves, o Ministério das Cidades utilizará a alteração da regulamentação da Instrução Normativa (IN) 41 como estratégia para ajustar o mercado. "Com a elevação do limite da renda para recursos do FGTS na aquisição de imóveis usados, o segmento ganha mais velocidade", disse.

Porém, para ela a discussão em relação aos benefícios para os usados também gira em torno do fato de se usar um fundo dos trabalhadores para um fim que não gera empregos diretos nos canteiros de obras.

Do montante de R$ 1,288 bilhão em financiamentos habitacionais disponibilizados pela Caixa de janeiro a julho deste ano, os desembolsos a partir do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), foram responsáveis por R$ 535 milhões, enquanto o FGTS ficou com R$ 747 milhões. Em igual intervalo de 2007, os volumes foram de cerca de R$ 300 milhões e R$ 520 milhões, respectivamente

Diário do Comércio| caderno: Economia |5.9.8 - ALISSON J. SILVA 

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Gafisa compra Tenda após queda de 65% nas ações em agosto

Empresas não serão unificadas e papéis da Tenda continuarão sendo negociados na Bolsa

A Gafisa anunciou nesta segunda-feira (1º/9) a compra da construtora Tenda por meio da Fit Residencial, sua controlada. A operação se concretiza após as ações da Tenda acumularem mais de 65% de perda em agosto. Os investidores de ambas as companhias se mostraram satisfeitos com a operação, já que às 10h55 as ações da Tenda (TEND3) disparavam 30,66%, para 4,90 reais, enquanto as da Gafisa (GFSA3) subiam 10,53% para 25,80 reais.  

Em comunicado enviado à BM&FBovespa, as companhias informam que a Tenda incorporará a Fit, de forma a manter suas operações na Bolsa. "Após a incorporação, a Gafisa passará a ser titular de ações representativas de 60% do capital total e votante de Tenda, mantendo-se o percentual mínimo de ações de Tenda em circulação necessário à permanência da companhia no Novo Mercado." O valor do negócio e demais detalhes da operação não foram divulgados.

A Fit iniciou suas operações em março de 2007 e, assim como a Tenda, atua junto ao público de baixa renda. O segmento, apesar de concentrar a maior parte da demanda potencial do país, é um dos mais arriscados do setor, uma vez que engloba a população mais impactada pela elevação dos juros e da inflação. A taxa de cancelamento de vendas é um dos pontos mais preocupantes dos negócios da Tenda. O percentual caiu de 48% no segundo trimestre de 2007 para 22% no mesmo período deste ano, mas ainda assim é considerado bastante alto pelos especialistas. O objetivo da empresa é reduzir esse número para a faixa entre 15% e 20% até o final do ano.  

Tempos difíceis

Há semanas a Tenda sofria com as más perspectivas para seus negócios. Na última quarta-feira (27/8), os bancos de investimento Goldman Sachs e Credit Suisse divulgaram relatórios destacando que a empresa enfrentaria dificuldades nos próximos meses para financiar seus projetos. O Goldman Sachs retirou sua recomendação de compra das ações da companhia, enquanto o Credit Suisse ressaltou que a Tenda teria de recorrer à emissão de debêntures, um mercado mais caro e restrito que o financiamento para a construção atrelado à taxa referencial. A instituição afirmou, ainda, que a capacidade de entregas da Tenda – atualmente em 200 unidades por mês – é muito baixa para uma companhia que lançou quase 40 mil unidades nos últimos 18 meses.

A Tenda chegou a enviar comunicado ao mercado afirmando que os analistas  "equivocaram-se ao entender o número de unidades (média mensal de 200) já entregues pela companhia no primeiro semestre do corrente ano como sendo relativo à capacidade de entrega futura de unidades, dados futuros esses não comentados pela administração". Porém, na avaliação do analista da corretora Fator, Eduardo Silveira, os números apresentados no último balanço, divulgado no dia 13 de agosto, mostravam que provavelmente a empresa não conseguiria cumprir neste ano sua meta de margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (Ebitda).

Com a incorporação da Fit, a Tenda receberá um caixa líquido de pelo menos 300 milhões de reais. Além disso, "na data da operação, a Fit deverá ter um capital social de, pelo menos, R$ 420 milhões, totalmente subscrito e integralizado por Gafisa (exceção feita a duas quotas)", esclarecem as companhias em comunicado ao mercado.

Consolidação

O setor de construção civil é um dos mais pulverizados do Brasil. Existem hoje mais de 20 empresas listadas na Bolsa, sendo que mais da metade abriu capital no ano passado. A forte expansão do mercado imobiliário nos últimos meses elevou as expectativas em relação à consolidação do setor. Em junho, a Cyrela pagou 1,5 bilhão de reais pela Agra. Pouco mais de um mês depois, a Abyara vendeu sua área de corretagem para a consultoria imobiliária Brasil Brokers por 250 milhões de reais. Neste ano, as ações da Abyara acumulam 71,5% de desvalorização.

Já a InPar – que é a campeã no ranking de maiores perdas do setor, com queda de 81,5% nas ações em 2008 – anunciou no dia 15 de agosto que vai vender parte de seus ativos para fazer caixa. A meta da empresa é levantar 400 milhões de reais para a compra de terrenos.  

A Helbor e a Company, após 90 dias de conversa, não conseguiram chegar a um acordo. Mas não estão descartadas novas tentativas no futuro.

 Publicidade Portal da Revista EXAME