Mais crédito e aumento da renda impulsionam vendas e favorecem consumo
Por: Equipe InfoMoney 12/08/08 - 14h40
SÃO PAULO - Apesar da elevação dos juros, motivada pelos recentes aumentos da taxa básica da economia, o que se tem notado não é uma redução do consumo. A venda de produtos para auto-construção e pequenas reformas, por exemplo, cresceu no primeiro semestre, fazendo o setor de lojas de materiais para construção fechar o mês de junho com um faturamento de 32,4% em relação ao mesmo período em 2007, conforme dados da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).
O que faz com que isso aconteça é a continuidade no aumento da oferta de crédito para o consumidor, somada ao alongamento dos prazos de financiamentos e ao aumento da renda média, dentre outros fatores.
Esse conjunto de condições vem aquecendo o mercado imobiliário, impulsionando a procura do consumidor pela casa própria, o que impacta diretamente não só na venda de materiais de construção, como também de móveis, materiais de decoração e eletro-eletrônicos.
Maior faturamento
O segmento de lojas de materiais para construção, segundo a PCPV (Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo) da Fecomercio, divulgada nesta terça-feira (12), apresentou o maior crescimento de faturamento no mês de junho, dentre todos os setores do pequeno varejo do Estado de São Paulo.
A pesquisa mostrou também que, no primeiro semestre de 2008, o desempenho das lojas de materiais para construção foi de 31,2%.
Inflação dos materiais
Conforme dados divulgados no início do mês pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), os materiais estão pesando mais nos custos da construção.
Em 12 meses até junho, os custos da construção aumentaram 9,66%, passando para 9,70% em julho. Entretanto, o presidente do sindicato, João Cláudio Robusti, em entrevista à InfoMoney declarou que o repasse ao consumidor não deve acontecer, pois não há mais espaço para novos aumentos dos preços.
Setores relacionados
As lojas de eletro-eletrônicos acompanham o bom momento da economia, o crédito mais fácil ao consumidor e o bom desempenho do mercado imobiliário. A PCPV mostra que esse grupo do pequeno varejo também apresentou alta no faturamento, de 6,9% em junho de 2008.
No semestre, os resultados atingem queda de 0,1%, o que pode ser considerado estabilidade. A expectativa é que os bons resultados mensais permaneçam.
Outro setor correlato que também cresceu no mês de junho foi o de lojas de móveis e decorações, que alcançou alta de 8% na comparação com junho de 2007.
No acumulado do primeiro semestre, a elevação chegou a 7,9%. A Fecomercio estima que as vendas do setor devam acelerar no médio prazo, também em função do aquecimento no mercado imobiliário.
Vestuário
O aumento da renda e do crédito ao consumidor também foi responsável pelo aumento nas vendas das lojas de vestuário, tecidos e calçados, que, como mostra a pesquisa da Fecomercio, tiveram alta de 10,4% no primeiro semestre.
Mesmo depois do Dia das Mães, os resultados permaneceram em ascensão, também em função de serem produtos de reposição obrigatória e de valor unitário relativamente baixo.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
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