quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Financiamento sem entrada permite ao brasileiro passar de inquilino a proprietário

SÃO PAULO - Financiamento que permite o pagamento parcelado de até 100% do valor do imóvel tem permitido a muitos brasileiros que troquem o papel de inquilino pelo de proprietário. Aquele valor do orçamento que, antes, era destinado ao pagamento de aluguel, agora, já pode ser usado para a aquisição da casa própria.

De acordo com o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), José Augusto Viana Neto, existem no Brasil seis milhões de inquilinos, sendo que dois milhões dessas pessoas vivem em favelas. "Com certeza, iniciamos uma nova era no mercado de habitação no Brasil", disse.

Financiamento total do imóvel
O financiamento que permite aos brasileiros passarem de inquilinos a proprietários foi anunciado pela Caixa Econômica Federal no começo deste mês. Trata-se do financiamento de 100% do valor do imóvel com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em até 30 anos.

Para o pagamento em até 240 meses, o financiamento poderá ser de até 100%. No caso de 300 meses, a possibilidade de financiamento será de 90%, e para aqueles que precisarem de 301 a 360 meses, 80% da quantia total poderá ser financiada.

Valor do imóvel
No que diz respeito aos valores dos bens, os limites variam de região para região. No Distrito Federal e em municípios das áreas metropolitanas de Rio de Janeiro e São Paulo, o valor chega a R$ 130 mil, por exemplo.

"Os valores de financiamento atendem uma faixa de mercado de pessoas que não dispõem de uma poupança para dar entrada, que só podem assumir o valor da prestação e que jamais teriam condições de pagar um aluguel e poupar ao mesmo tempo para dispor desse valor de entrada", afirma Viana.

Ainda segundo ele, muitas pessoas têm medo de sacar o dinheiro do FGTS para a compra da casa própria e, depois, ficarem desempregados e desamparados para o pagamento das prestações. O tipo de financiamento da Caixa chega para atender a este público, principalmente a baixa renda.

Por: Flávia Furlan Nunes
26/09/08 - 13h28
InfoMoney

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